quarta-feira, 31 de março de 2010

falta algo.




Olhei para todos os lados e nao estava lá ninguém...


apoiei as mãos na janela, inclinei-me fiz força com os braços e meti o pé esquerdo na base da janela...
tinha uma mochila sem roupa, sem mantimentos...
apenas com o carregador do telemovél, o telemovél, um mp3, e algumas folhas...
eu nao queria ir, no fundo eu queria que ouvesse ali alguém que me impedisse de sair.
mas nao havia, no fundo nunca ouve.
e é daí que vêm a minha raiva interior, a minha revolta, a minha tristeza que ninguém vê, ninguém precebe, mas todos tentam dar opinião...
no fundo ninguém sabe como me sinto, nem eu propria...
fiquei perdida na pré-adolescencia, na idade do "armário" e na adolescencia em si.


perdi-me num torbilhao de emoçoes...


quem lê a maioria dos meus textos, pode pensar que são mentiras, cópias de outros blogs, sites ou ate de livros. porque na realidade eu tive sempre imensa gente comigo.
e boa gente...
mas não...
no fundo estive sozinha... porque tranquei-me a mim mesma num mundo só meu, onde poucas ou quase nenhumas pessoas conseguiram entrar, e a maioria dos que entraram já sairam porque perderam a paciencia para os meus dramas, ou ate mesmo para as minhas emoçoes.
foi por isso que deixei de chorar, e escondo o choro em sorrisos que muitos dizem ser sorriso de princesa.
hoje quando choro é quando chego ao meu limite e mesmo assim, ninguém vê. porque eu quero manter a poze que sempre tive, da mulher de ferro, da mulher com M maiusculo que ninguém nem nda conseguirá derrubar.

mas parece que nao sou assim tao forte continuo aqui no parapeito da janela, a espera...


nem eu sei bem do quê.


até que me cansei, tirei a mala das costas, e desatei num choro profundo, num silenciosopranto ... vi a noite decorrer, e as lagrimas a escorrerem-me pela face.
sim sou fraca, mas não sou fraca por chorar , sou fraca por pensar que sou de ferro...
amanheceu, e eu já não tinha lágrimas, as minhas bochechas estavam secas do choro, fui até a casa de banho, tomei duche , esfreguei-me o mais que podia, porque sentia-me suja, enojada até. no final, arranjei-me, olhei-me ao espelho...

e prometi a mim mesma que a menina-mulher de ferro, não iria voltar a quebrar,(...)


meti a mascara de novo, e enganei todos com o meu papel, desde pequena que era uma actriz formidavél.
mas faltava algo...


faltava o brilho do meu olhar, mas nunca ninguém deu por isso...


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